Eosinófilos são células brancas que contém grânulos rosados ao microscópio e geralmente aumentam nos processos infecciosos parasitários (popularmente conhecidos como vermes) e nos processos alérgicos (como asma, dermatites).
Podem aparecer entretanto em outras patologias, como doenças reumatológicas, auto imunes, infecções graves algumas neoplasias (como linfoma de Hodgkin) e reação aos medicamentos
Segue abaixo tabela das principais doenças hematológicas:
Neoplasia mieloide e linfoide com eosinofilia e anormalidades de PDGFR-alfa, PDGFR-beta ou FGFR1 (na qual se inclui a LEC com FIP1L1/ PDGFR-alfa) | Mielo ou linfoproliferação, com eosinofilia persistente, em geral >1.500/μL, infiltração orgânica por eosinófilos ou mastócitos, rearranjos envolvendo PDGFR-alfa, PDGFR-beta ou FGFR1, ausência do cromossomo Philadelphia (BCR/ABL1), presença de blastos na medula óssea (<20%) e elevação da triptase sérica e dos níveis de vitamina B12 |
Leucemia eosinofilica crônica | Eosinofilia persistente, >1.500/μL, endomiocardiofibrose, presença de blastos no sangue periférico ou na medula óssea (<20%), nenhum sinal de outras neoplasias mieloproliferativas crônicas ou de mielodisplasia e ausência de cromossomo Philadelphia (BCR/ABL1) e de alterações como rearranjos PDGFR-alfa, PDGFR-beta e FGFR1, inv(16) e t(16;16) ou t(5;12) |
Síndrome hipereosinofílica idiopática | Semelhante à leucemia eosinofílica crônica não especificada, mas sem a presença de blastos nem de clonalidade e com mais de seis meses de eosinofilia |
Eosinofilia nas neoplasias hematológicas | Pode estar presente na leucemia mieloide crônica ou aguda, nas neoplasias mieloproliferativas crônicas, no linfoma, na leucemia linfoide aguda, na síndrome mielodisplásica e na mastocitose |
Eosinofilia crônica idiopática | Sem doença subjacente, organomegalia ou marcador molecular e com curso estável |
Sempre devemos excluir todas as possíveis causas começando com exames de fezes e extensa história clínica.