A síndrome do anticorpo antifosfolipide (SAF) é uma trombofilia (um fator no sangue que causa trombose) que necessita anticoagulação.
Os novos anticoagulantes orais diretos (DOACS) tem sido usados em diversas condições clínicas com sucesso. Mantemos nos casos de Saf o uso de antagonistas de vitamina K (AVKs), porém a monitorização é complexa já que os anticorpos interferem nos exames de monitorização e impedem o ajuste correto. Ainda temos somente dados dos estudos patrocinados pelos laboratórios: “O estudo randômico controlado por rivaroxabana na síndrome antifosfolipídica (RAPS), com um desfecho primário laboratorial substituto, sugere que a rivaroxabana tem o potencial de ser uma alternativa eficaz e conveniente à varfarina em pacientes com SAF trombótica, com um único evento de tromboembolismo venoso, e anticoagulação de intensidade padrão”
Este paper recomenda “no entanto, mais estudos, em particular para fornecer melhores dados de eficácia e segurança a longo prazo, antes que possam ser amplamente recomendados.”
Minha Análise: Os novos anticoagulantes orais tem um custo mais elevado que a varfarina, porém não excessivo como a enoxaparina, com muito mais conforto para o paciente (Independência de alimentação e medicações e sem necessidade de monitorização) – mas é necessário comprovar a segurança de longo prazo em populações específicas. Toda decisão deve ser em conjunto com o paciente – todos os prós e contras de cada medicamento devem ser ponderados para que a escolha seja a que mais vai dar segurança e conforto para o paciente.