A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma doença cuja incidência aumenta com a idade, e a terapêutica ainda é muito homogênea. Em alguns casos devemos escolher entre um tratamento mais agressivo e um tratamento mais brando que o paciente aguente, e em alguns casos apenas suporte clínico.
Neste contexto esse trabalho mostra que em pacientes idosos é prudente realizar uma avaliação geriátrica incluindo comorbidade, função física (autorreferida e objetivamente medida), cognição e estado emocional no ambiente hospitalar antes da indução de leucemia. A avaliação geriátrica pode prever desfechos como toxicidade por quimioterapia, interrupções de tratamento, hospitalizações e sobrevida. O teste proposto leva 44 minutos para realização e o compara a outros pequenos trabalhos nesta população.
A conclusão do estudo é que existe correlação entre como o paciente está agora (e não há 6 meses) e o desfecho clínico. Isso nos possibilita fazer a escolha mais acertada e individualizada. Foi um estudo piloto e propõe que mais estudos sejam feitos.
Opinião – hoje em dia fazemos a avaliação clínica e muitas decisões são tomadas no que chamamos “olho clínico”. Em oncohematologia classificamos o paciente como Fit , Unfit e fragil, baseado no estudo do Balducci de 2010.
Acredito que escalas de fácil aplicação, porem mais objetivas que o olho clinico podem auxiliar no melhor manejo e na escolha terapêutica do paciente além de propiciar a realização de estudos.