É um linfoma frequente em adultos jovens, porem tem um segundo pico de incidência entre 50-60 anos, onde podemos encontrar comorbidades (outras doenças em conjunto)
O tratamento inclui drogas cardiotóxicas e drogas que podem causar toxicidade pulmonar. Devemos monitorar durante o tratamento e suspender as drogas se as toxicidades ocorrem. Entretanto quem já está no limite não pode usar o medicamento. O racional é que rege a medicina, primeiro não cause dano: de que adianta fazer um medicamento que pode levar a uma falência cardíaca ou pulmonar e deixar o paciente acamado ou em UTI?
Este estudo traz os dados da Polônia entre 2001 e 2013:
“Analisamos, retrospectivamente, o desfecho em longo prazo da doença de 350 pacientes idosos com linfoma de Hodgkin (eHL) tratados com regime semelhante a ABVD / ABVD inscrito no estudo PLRG-R9 entre 2001 e 2013 na Polônia. A remissão completa foi relatada para 73% dos pacientes precoces e 61% avançados. 56 (20%) pacientes com eventos adversos morreram. Para pacientes com estadio precoce, a regressão de Cox revelou ECOG <2 e idade> 70 como preditivo de pior prognóstico. Para os pacientes com estadio avançado, o mais preditivo para sobrevida global foi a presença de distúrbios cardiovasculares”
Opinião – o ABVD é o tratamento de escolha nesta patologia. Foram tentadas muitas alternativas, algumas com mais toxicidade e morbidade, todas abandonadas. Entretanto temos uma limitação importante do tratamento em pacientes com múltiplas comorbidades e a doença cardíaca nos impede de utilizar as principais drogas, não só em Hodgkin, como em outras neoplasias.